Torre de Menagem
Olhares sobre a Planície
março 04, 2012
dezembro 30, 2011
julho 18, 2006
Comunicado Final do conclave da Torre sobre o Estado da Nação
Secretamente reunidos em torno dumas sopas de beldroegas com queijo os fundadores da Torre de Menagem analisaram o Estado da Nação Alentejana e perspectivas de futuro.
Sobre tórrido ambiente o debate foi aceso por um branco de Borba que em muito contribuiu para se atingir o consenso em torno de um comunicado final que aqui se deixa lavrado:
Atendendo a que nos últimos anos o Alentejo deu duas voltas de 360 graus, uma para oeste, outra para leste, tendo sofrido, por consequência, uma profunda agitação sem do sítio sair e que, por outro lado, a correlação de forças e a conjuntura sócioeconómica alteraram-se substancialmente pela falta do hífen, entendemos:
1 - O Alentejo é a região portuguesa com maior potencial de investimento em montes de projecção social e de lazer para 1 a 3 fins de semana/ano, desde que equipados com garrafeira da região, ar condicionado, piscina, internet, consolas de jogos, 1 campo de tiro e 2 de golfe (1 para cada dia), ou seja, com tudo o que assegure que de lá não seja preciso sair;
2 - A construção do IP8 e do aeroporto comercial de Beja são infra-estruturas fulcrais para que cheguemos depressa e saiamos como um relâmpago e, por outro lado, a fossa a céu aberto em que o lago de Alqueva, em tempo recorde, se conseguiu constituir, é de capital importância para o desenvolvimento da agricultura e para o estabelecimento de estâncias termais únicas no mundo;
3 - Não faz sentido manter o blogue Torre de Menagem e muito menos, ainda, acabar com ele;
4 - Como há mais de 30 anos se reclama, a terra deve ser para quem a trabalha e para quem tão bem a tem vindo a trabalhar, implicando, por tal tão insofismável constatação que, um dos membros já se tenha posto a milhas há alguns anos, dois outros estejam de malas aviadas, um quarto já cá só pernoite, enquanto o quinto se recusa a sair de cá por uma questão de felicidade familiar - depois de correr mundo diz não ter encontrado outro lugar no mundo onde se ria tanto.
Posto isto, propõem os signatários à classe partidário / famílio / tentacular da região, mais uma vez por unanimidade, mais consortes e prole, que ousem proporcionar, com regularidade anual, se possível, até, semestral, uma volta completa de 360 graus para manter a agitação dos que por cá permanecerem a mandar na terra e em quem nela trabalha.
Sobre tórrido ambiente o debate foi aceso por um branco de Borba que em muito contribuiu para se atingir o consenso em torno de um comunicado final que aqui se deixa lavrado:
COMUNICADO FINAL
subscrito por unanimidade, mais consortes e prole presentes
Atendendo a que nos últimos anos o Alentejo deu duas voltas de 360 graus, uma para oeste, outra para leste, tendo sofrido, por consequência, uma profunda agitação sem do sítio sair e que, por outro lado, a correlação de forças e a conjuntura sócioeconómica alteraram-se substancialmente pela falta do hífen, entendemos:
1 - O Alentejo é a região portuguesa com maior potencial de investimento em montes de projecção social e de lazer para 1 a 3 fins de semana/ano, desde que equipados com garrafeira da região, ar condicionado, piscina, internet, consolas de jogos, 1 campo de tiro e 2 de golfe (1 para cada dia), ou seja, com tudo o que assegure que de lá não seja preciso sair;
2 - A construção do IP8 e do aeroporto comercial de Beja são infra-estruturas fulcrais para que cheguemos depressa e saiamos como um relâmpago e, por outro lado, a fossa a céu aberto em que o lago de Alqueva, em tempo recorde, se conseguiu constituir, é de capital importância para o desenvolvimento da agricultura e para o estabelecimento de estâncias termais únicas no mundo;
3 - Não faz sentido manter o blogue Torre de Menagem e muito menos, ainda, acabar com ele;
4 - Como há mais de 30 anos se reclama, a terra deve ser para quem a trabalha e para quem tão bem a tem vindo a trabalhar, implicando, por tal tão insofismável constatação que, um dos membros já se tenha posto a milhas há alguns anos, dois outros estejam de malas aviadas, um quarto já cá só pernoite, enquanto o quinto se recusa a sair de cá por uma questão de felicidade familiar - depois de correr mundo diz não ter encontrado outro lugar no mundo onde se ria tanto.
Posto isto, propõem os signatários à classe partidário / famílio / tentacular da região, mais uma vez por unanimidade, mais consortes e prole, que ousem proporcionar, com regularidade anual, se possível, até, semestral, uma volta completa de 360 graus para manter a agitação dos que por cá permanecerem a mandar na terra e em quem nela trabalha.
Alentejo, Julho de 2006
Os subscritores, mais consortes e prole
novembro 17, 2005
Cuba – Beja ( de Comboio)
A automotora que despeja 50 pessoas, pelas 9h00m, todos os dias da semana, em Beja é um autocarro sobre carris. Um autocarro barulhento, agitado, pouco limpo, velho e desconfortável. Conversar com um parceiro de viagem é um incómodo tão directamente proporcional ao ruído que se ouve que o melhor é estar calado. Ler também não é solução. Pela mesma razão e porque a luz é tão frouxa quanto a trepidação é acentuada. Enfim, os turistas – os de chinela no pé – devem achar graça ao pitoresco da viagem. Eu, há 20 anos atrás, quando no Tua viajei em comboio semelhante também achei. Os que não abalaram de cá, os que cá continuam a trabalhar, os que, em terra de mobilidade pública tão reduzida, continuam a vir para Beja todos os dias na tal automotora, esses, duvido que apreciem a viagem no tempo.
[em simultâneo com o EpiCurtas]
julho 28, 2005
Será do Guaraná?
Parece que a tal central fotovoltaica do Guiness Book para as Minas de S. Domigos não colhe o entusiasmo do Ministro da Economia. Hoje vinha no Jornal de Negócios que aparentemente a "capacidade do país" estava esgotada nesta área das energias alternativas com os projectos já aceites no Ministério. Ou os tipos de La Sabina se esqueceram de se inscrever na maçonaria ou aquilo é fishy.... das duas duas...
julho 08, 2005
O Alentejo, pá, agora sim, agora é que vai!
1 - «Quase 80 por cento de Portugal continental em seca extrema ou severa » Instituto da Água
2 - «Albufeira de Alvito liberta água para Odivelas» Diário do Alentejo
3 - «(...) Sevinate Pinto baseia-se no conhecimento pessoal que tem dos problemas do Baixo Alentejo para afirmar, "com muita franqueza", que a "zona vive numa situação muito mais crítica que todo o resto do País".» Diário do Alentejo
BINGO - «Baixo Alentejo quer apostar no golfe»
Vítor Silva, Presidente da Região de Turismo da Planície Dourada ao Diário do Alentejo
Sobre este assunto impõe-se uma reflexão cuidada e profunda:
çoevnpoifhqipef hjodj~pwkdºpojg+9ej+ºoje~pkdºporjºpoweºwºopj~ºwopd
ºpoufj +u n po jd+ 0opjf+ºoejf+oejfóejfóefj+qwfi´+mv 2eo'2m ci«nºow´+3u+9h+w í´g 2~r ´f p3 ~rk33330d2 e2vm0í
2c´´´´´´4:
ºporiuc+rucm+39ur+1x3urn+9uncrc+93unuvurfn9rv+4
ºçdcn+9un+p run+ c9unr 9c+92u crx 0dmmmec9m+0mí 0rc ´miz´´ 3mex´2,´zx0´´´´!!!!!
Probabilidade para o desenvolvimento do Alentejo com os responsáveis actuais partidários locais, equiparados e respectivos lambe-botas:
1+1+1+1+1+1+1++1+1+1+1+1+1+1+1(1x1+1) = +/- 0
julho 06, 2005
Beja - a demagogia dos Candidatos
Depois dos candidatos do PSD e do CDS terem ido ao "beija-mão" à actual direcção da Associação de Comerciantes do Distrito de Beja, mais concretamente, ao Dr. Saleiro, prometendo a inviabilização de qualquer projecto do tipo "grande-superfície" com a putativa intenção de defender o chamado "comércio tradicional", eis que o candidato do PCP, ontem, segue o mesmo demagógico caminho! (ver post no Praça da República em Beja)
O dislate e a demagogia parece não ter fim à vista, por estas paragens - não há sequer alternativa!
Saberão, porventura, estes excelsos senhores o que representa o comércio tradicional do Concelho de Beja em termos de vendas, de emprego, de qualidade e de preços?
Entendamo-nos, meus caros, o comércio tradicional em Beja ou já encerrou ou está em intensa agonia (os únicos ramos florescentes são os do "vende-se e do "trespassa-se"), por um lado e, por outro, seria interessante que soubessem que um qualquer hipermercado, tipo "Continente", ofereceria cerca de 4 vezes mais postos de trabalho do que o universo do actual "comércio tradicional"!Então se inserido num centro comercial com lojas, restauração e salas de cinema, que dizer? Valerá a pena, ainda, aduzir o que representaria para Beja, em termos de polarização e centralidade, um centro comercial a sério?
Deixem os senhores candidatos de apregoar a demagogia da defesa dos interesses instalados (pensando que se tratam de líderes de opinião) e centrem-se mais nos consumidores, i.e., nos seus eleitores e, se tal não lhes for de todo possível, façam contas, às vezes dá muito jeito, assim como rodearem-se de gestores e não de funcionários de partido e equiparados!
julho 04, 2005
João Paulo Ramôa - candidato PSD a Beja
Como sempre, por estas paragens, as mais utilizadas armas de combate político e social são a velada maledicência, a intriga surda e o boato, atigindo, desta vez o candidato do PSD à Câmara de Beja nas próximas autárquicas.
Diz-se em "off" (sempre tudo em "off" nesta terra) que o facto de ser sócio de uma empresa de construção civil é incompatível com o exercício do cargo a que concorre.
Ora, João Paulo Ramôa, engenheiro civil de profissão com obra feita na terra, não consta, bem pelo contrário, que tivesse tentado obter qualquer benefício pessoal enquanto Governador Civil que foi nos últimos anos, com elevado prejuízo financeiro.
Por outro lado, por essa lógica, quem poderia escapar a uma qualquer incompatibilidade? Funcionários públicos e camarários? Professores? Gerentes bancários? Chefes de finanças...? Isto toca as raias do ridículo!
Uma pessoa séria terá de ser considerada enquanto tal e não deverá ser apunhalada na penumbra do "diz que disse" na sua dignidade, seja qual for a sua raça, religião, sexo ou profissão.
Beja pode e deve orgulhar-se de ter (talvez pela primeira vez) três excelentes candidatos à Presidência da sua Câmara! Não deveria ser um motivo de orgulho?
maio 06, 2005
abril 13, 2005
O choque liberal
Após a leitura, aqui mais abaixo, do post do Carlos, ocorreu-me uma ideia que venho a defender desde há, para aí, 8 anos: quando, pela primeira vez, pus, verdadeiramente, os pés em terra alentejana. O Alentejo carece de um choque liberal! A ideia peregrina, utópica e, necessariamente, de esquerda de que é ao Estado que cabe desenvolver a região e melhorar as condições de vida dos cidadão é altamente desresponsabilizadora dos agentes privados – porque é levada demasiadamente à letra. É verdade que o Estado (seja por via dos organismos da Administração Central desconcentrados, seja por via da Administração Local, seja – para a esquerda mais audaz – por via do financiamento das organizações da Economia Social) tem um papel importante nestes desafios e ainda mais numa região com os estrangulamentos estruturais do Alentejo. Mas o que se tem assistido ao longo dos anos é que as políticas públicas levadas a cabo na região, ao invés de estimularem a autonomização, aprofundam as dependências. E este facto, absolutamente incontornável, pode ter uma de duas origens – deixo-vos a escolha da que vos parecer mais acertada… – : (i) ou a opção ideológica para a região tem sido demasiadamente estatista e carece de uma vontade expressa de desregulamentação, de simplificação, de termo dos subsídios, etc. ou (ii) há uma lógica clientelista, de pequenos e grandes favores, configurando a rede constituída por boa parte dos lugares de poder uma verdadeira teia mafiosa ao serviço de interesses alojados dentro dos partidos, e nessa caso carece de intervenção da justiça e de um acelerado processo de circulação de elites.
abril 11, 2005
BEJALTERNATIVA - sim ou não?
O Luís Dinis questiona-se no Tem Avondo sobre a justeza da decisão da Câmara de Beja de não dar continuidade ao BEJALTERNATIVA, aqui.
Já lá comentei, dizendo que não posso estar defender um evento comercial financiado por dinheiros públicos, mas ao dizer isto não estou a defender o fim do BEJALTERNATIVA!
Vamos por partes, Luís Dinis:
1 - "A cultura não pertence às elites"
Não pertence nem deve pertencer. No entanto, a existência dessas elites é fundamental para promover e levar a cultura a todo o lado, a todos e o mais diversificada possível. Poder-me-á dizer que não é isso que as elites fazem e dar-lhe-ei razão. O problema estará em saber que elites são essas que em elites se pretendem constituir?
2 - A continuidade da BEJALTERNATIVA
Nunca defendi a sua descontinuidade, bem pelo contrário, atendendo à qualidade da programação (em especial a do ano passado). O que não posso estar de acordo é que sejam os dinheiros públicos a financiar eventos comerciais.
A isto respondeu o Luís Dinis muito bem, levando-nos a outra questão pertinente: por que será que a Câmara de Beja, seja a divisão da juventude seja a sócio-cultural, tudo fizeram e fazem para matar a iniciativa privada na promoção de eventos? Por que é que se impõem sempre como organizadores não dando espaço à inciativa privada nem ao desenvolvimento da captação de financiadores privados?
É nesta sede que reside o principal entrave, amigo Luís Dinis. A vocação dos poderes públicos deverá ser promover a iniciativa dos cidadãos na organização e exploração de eventos comercialmente sustentáveis, cedendo ou até, porque não, alugando os seus espaços para o efeito, para se concentrar no financiamento de eventos, diria de vertente mais educativa.
Se fosse desta forma a inciativa privada desenvolvia-se, permitindo-lhe a tal criação de riqueza que anuncia e a Câmara teria a possibilidade de concentrar o seu orçamento em iniciativas bem mais adequadas ao seu papel.
O facto de monopolizar a organização de todos os eventos (e, meu estimado Luís Dinis, ou muito me engano ou o silêncio em volta do Pax Julia anuncia que vão optar pelo mesmo caminho), suga por completo os parcos recursos da câmara e mata o aparecimento e desenvolvimento de promotores culturais independentes e respectivos financiadores privados que não estão, como muito bem disse, para ver o dinheiro que dão reduzido à pequenez do logotipozinho num cantinho de um cartaz! Quem investe é porque quer estar e para estar tem de mostrar que está!
Por último, Luís Dinis, nestas reflexões creia que nunca o Tem Avondo estará sozinho!
ps: este post também foi colocado no Ideias Soltas
abril 04, 2005
Cuba tem novo ECOCENTRO
Tem sim senhor, novinho em folha, pronto a ser estreado ............... há 8 anos!
Como? Nunca laborou?
A informação aqui fica, via Gato, donde descaradamente saquei a fotografia, sobre a qual está o link directo para o post..
abril 01, 2005
Governadores Civis
Beja - Manuel Soares Monge
Évora - Henrique António de Oliveira Troncho
Portalegre - Jaime da Conceição Cordas Estorninho
Setúbal - Maria Teresa Mourão de Almeida
março 28, 2005
Mértola
Eu também, nestas breves férias, passei por Mértola, tal como o Piotr.
Fui, mais a família, extramemente bem recebido por quem nos conhece na ADPM.
Mas quero convidar-vos a fazer um exercício comigo. Imaginem que fazem 200 e tal km para ir almoçar a Mértola. Imagem que não conhecem lá ninguém. Saem em Castro Verde da autoestrada e fazem a estrada Castro - Mértola (que de facto podia estar em melhor estado, como o Piotr sugere), olvidando o asfalto e contemplando a paisagem (na esperança de ver uma ou outra abetarda e deliciando-se com as cegonhas). Chegam a Mértola, estacionam o carro e passeiam pela Vila Velha. Não falam com ninguém. Gostam do que vêem. Resolvem ir almoçar. Entram no Migas de que ouviram dizer bem. Perguntam se têm cadeiras para bebés. Respondem que não. Almofadas? Também não. Perguntam se têm sopa para o catraio. Dizem que sim. Sentam-se com o puto a saltitar do colo da mãe para o colo do pai e deste para o daquela. Afinal, já não têm sopa. Ainda assim resolvem ficar. Mas sempre vão ouvindo que se quiserem podem ir embora. O atendimento é repentino, pouco atencioso e descuidado.
É uma pena que haja quem não se dê sequer ao trabalho de uma singela dose de simpatia e educação; é que sendo responsáveis pela primeira interacção de muitos turistas com alguém da terra, podem muito bem fazer com que seja a última.
Turismo, não é?
março 27, 2005
Outra curiosidade
Na Mina de S. Domingos tive ocasião de ver a iniicativa privada da nova pousada de requinte e luxo... servida por aquelas estradas estou certo que vai ter clientela aos montes...e quando o vento estiver de sul será que lá chega o cheiro das pocilgas sem tratamento de espécie alguma que outra iniciativa privada mais ad hoc implantou umas centenas de metros desviadas?
Cuidava eu que existia uma lei neste país sobre este tipo de criação mais familiar e ad hoc de porcos mas não parece que não há rei nem roque....cada um faz o que quer...será que é para manter uma tradição milenar?
"Venha à Mina de São DOmingos e cheire a merda ancestral"