julho 06, 2005

Beja - a demagogia dos Candidatos

Depois dos candidatos do PSD e do CDS terem ido ao "beija-mão" à actual direcção da Associação de Comerciantes do Distrito de Beja, mais concretamente, ao Dr. Saleiro, prometendo a inviabilização de qualquer projecto do tipo "grande-superfície" com a putativa intenção de defender o chamado "comércio tradicional", eis que o candidato do PCP, ontem, segue o mesmo demagógico caminho! (ver post no Praça da República em Beja)
O dislate e a demagogia parece não ter fim à vista, por estas paragens - não há sequer alternativa!
Saberão, porventura, estes excelsos senhores o que representa o comércio tradicional do Concelho de Beja em termos de vendas, de emprego, de qualidade e de preços?
Entendamo-nos, meus caros, o comércio tradicional em Beja ou já encerrou ou está em intensa agonia (os únicos ramos florescentes são os do "vende-se e do "trespassa-se"), por um lado e, por outro, seria interessante que soubessem que um qualquer hipermercado, tipo "Continente", ofereceria cerca de 4 vezes mais postos de trabalho do que o universo do actual "comércio tradicional"!Então se inserido num centro comercial com lojas, restauração e salas de cinema, que dizer? Valerá a pena, ainda, aduzir o que representaria para Beja, em termos de polarização e centralidade, um centro comercial a sério?
Deixem os senhores candidatos de apregoar a demagogia da defesa dos interesses instalados (pensando que se tratam de líderes de opinião) e centrem-se mais nos consumidores, i.e., nos seus eleitores e, se tal não lhes for de todo possível, façam contas, às vezes dá muito jeito, assim como rodearem-se de gestores e não de funcionários de partido e equiparados!

1 Comentários:

às 10:03 da manhã, Blogger Unknown escreveu...

Concordo na generalidade com o que diz... só tenho um reparo: espírito do tempo em que vivemos reparo na equivalência que às tantas efectua: "centrem-se mais nos consumidores, i.e., nos seus eleitores".
São papéis distintos... A democracia não se equipara ao acto de consumir, senão damos razão àqueles que aventam que as escolhas dos consumidores são o verdadeiro escurtinio do povo! Os governos são substituidos pelas empresas e o acto de votar pelo acto de consumir!

 

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