abril 11, 2005

BEJALTERNATIVA - sim ou não?

O Luís Dinis questiona-se no Tem Avondo sobre a justeza da decisão da Câmara de Beja de não dar continuidade ao BEJALTERNATIVA, aqui.
Já lá comentei, dizendo que não posso estar defender um evento comercial financiado por dinheiros públicos, mas ao dizer isto não estou a defender o fim do BEJALTERNATIVA!
Vamos por partes, Luís Dinis:

1 - "A cultura não pertence às elites"
Não pertence nem deve pertencer. No entanto, a existência dessas elites é fundamental para promover e levar a cultura a todo o lado, a todos e o mais diversificada possível. Poder-me-á dizer que não é isso que as elites fazem e dar-lhe-ei razão. O problema estará em saber que elites são essas que em elites se pretendem constituir?

2 - A continuidade da BEJALTERNATIVA
Nunca defendi a sua descontinuidade, bem pelo contrário, atendendo à qualidade da programação (em especial a do ano passado). O que não posso estar de acordo é que sejam os dinheiros públicos a financiar eventos comerciais.

A isto respondeu o Luís Dinis muito bem, levando-nos a outra questão pertinente: por que será que a Câmara de Beja, seja a divisão da juventude seja a sócio-cultural, tudo fizeram e fazem para matar a iniciativa privada na promoção de eventos? Por que é que se impõem sempre como organizadores não dando espaço à inciativa privada nem ao desenvolvimento da captação de financiadores privados?
É nesta sede que reside o principal entrave, amigo Luís Dinis. A vocação dos poderes públicos deverá ser promover a iniciativa dos cidadãos na organização e exploração de eventos comercialmente sustentáveis, cedendo ou até, porque não, alugando os seus espaços para o efeito, para se concentrar no financiamento de eventos, diria de vertente mais educativa.
Se fosse desta forma a inciativa privada desenvolvia-se, permitindo-lhe a tal criação de riqueza que anuncia e a Câmara teria a possibilidade de concentrar o seu orçamento em iniciativas bem mais adequadas ao seu papel.
O facto de monopolizar a organização de todos os eventos (e, meu estimado Luís Dinis, ou muito me engano ou o silêncio em volta do Pax Julia anuncia que vão optar pelo mesmo caminho), suga por completo os parcos recursos da câmara e mata o aparecimento e desenvolvimento de promotores culturais independentes e respectivos financiadores privados que não estão, como muito bem disse, para ver o dinheiro que dão reduzido à pequenez do logotipozinho num cantinho de um cartaz! Quem investe é porque quer estar e para estar tem de mostrar que está!
Por último, Luís Dinis, nestas reflexões creia que nunca o Tem Avondo estará sozinho!

ps: este post também foi colocado no Ideias Soltas

1 Comentários:

às 8:39 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

best regards, nice info » » »

 

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