março 28, 2005

Mértola

Eu também, nestas breves férias, passei por Mértola, tal como o Piotr.
Fui, mais a família, extramemente bem recebido por quem nos conhece na ADPM.
Mas quero convidar-vos a fazer um exercício comigo. Imaginem que fazem 200 e tal km para ir almoçar a Mértola. Imagem que não conhecem lá ninguém. Saem em Castro Verde da autoestrada e fazem a estrada Castro - Mértola (que de facto podia estar em melhor estado, como o Piotr sugere), olvidando o asfalto e contemplando a paisagem (na esperança de ver uma ou outra abetarda e deliciando-se com as cegonhas). Chegam a Mértola, estacionam o carro e passeiam pela Vila Velha. Não falam com ninguém. Gostam do que vêem. Resolvem ir almoçar. Entram no Migas de que ouviram dizer bem. Perguntam se têm cadeiras para bebés. Respondem que não. Almofadas? Também não. Perguntam se têm sopa para o catraio. Dizem que sim. Sentam-se com o puto a saltitar do colo da mãe para o colo do pai e deste para o daquela. Afinal, já não têm sopa. Ainda assim resolvem ficar. Mas sempre vão ouvindo que se quiserem podem ir embora. O atendimento é repentino, pouco atencioso e descuidado.
É uma pena que haja quem não se dê sequer ao trabalho de uma singela dose de simpatia e educação; é que sendo responsáveis pela primeira interacção de muitos turistas com alguém da terra, podem muito bem fazer com que seja a última.
Turismo, não é?

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