março 21, 2005

Pesada Derrota do PS do Baixo Alentejo

Hoje, no seu discurso de apresentação do programa de Governo, o Primeiro-Ministro corrobora as palavras do Presidente da República ao afirmar que inviabilizará a dispersões de ministérios e as descentralizações aprovadas pelo Governo de Durão Barroso, optando por incremenbtar uma forte descentralização para as Regiões-Quadro, isto é, para as 5 regiões continentais oficialmente reconhecidas pela União Europeia, nas quais existem as estruturas conhecidas por Comissões de Cooredenação de Desenvolvimento Regional, reunificando o Alentejo num só, como sempre deveria ter sido feito, embora não tivesse adiantado (também não o local e o momento próprios) sobre se iria rever ou revogar simplesmente as aludidas Leis-Quadro.
Ora, a recém criada "AMBAAL - Associação de Municípios de Baixo Alentejo e Alentejo Litoral" cujos orgãos sociais foram eleitos à pressinha e por unanimidade há dias (ver notícia Rádio Pax), vem ao arrepio da estratégia, em boa hora aprovada por José Sócrates e já anunciada por Jorge Sampaio de não dividir o Alentejo, antes buscar uma liderança forte e falar a uma só voz.
A Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista, depois de ter colocado, com a conivência do PSD, a Associação de Municípios do Distrito de Beja na ilegalidade durante mais de um ano, cria à pressa uma nova para servir os seus interesses particulares e clientelares que colidem com os do Alentejo, com as regiões-quadro assumidas pela U.E. e com a estratégia do novo governo em matéria de descentralização.
De uma só vez e em poucas palavras José Sócrates põe termo às pretensões espúrias de significado estratégico de quem queria ver o Alentejo esquartejado e coloca, a meu ver, a liderança da Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista numa posição que não lhe resta senão uma saída - a demissão!
Luís Pita Ameixa e seus correlegionários vêem a sua política, a sua estratégia e, mais importante ainda, o seu modo de gerir condenados e inviabilizados e, a não ser que de repente surjam a defender exactamente o contrário do que sempre apregoaram, não lhes restará outra via que não a evidente resignação dos cargos que ocupam!
Mas isto de política aqui para estas bandas dá cada volta...

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