dezembro 05, 2004

Regionalidades...

No que leio dos meus companheiros de blogue (Carlos e Francisco) parece-me emergir um padrão que me é familiar...um discurso de confronto com os mephistos do poder central de Lisboa...Talvez não seja bem de confronto... talvez seja mais de lamentação...
Ora o Baixo Alentejo representa menos de 1 por cento do volume de negócios e menos de 1 e meio por cento do emprego deste país. Para que deixe de ser uma mera extensão de terreno que se interpõe entre Lisboa e os fins de semana em Vilamoura é preciso o quê? Uma região? Para quê? Para dar empregos aos afilhados desses curiosos personagens locais que vocês descrevem nos posts? O que aconteceu com os dinheiros de desenvolvimento local? Que projectos "estruturantes" produziram coisas?

Aqui ficam algumas ideias...

Para quando uma verdadeira empresa de vinhos com linha/marca Alentejo? É que não sei se frequentam a Tesco na good old Albion.... mas numa visita às prateleiras de vinhos temos vinhos do Chile, vinhos da Nova Zelândia, vinhos da Austrália, vinhos da Califórnia e depois temos vinhos da Vidigueira do Redondo de Pias... e os bifes demandam que raio de país será este... A empresa de vinhos Alentejo até podia ser cooperativa ou podia ser SA....devia era ter dimensão para fazer entregas e para criar imagem...

E queijos de Serpa? uma empresa forte e com marketing agressivo... e Mármores Alentejo? em lugar de dezenas de desconfiados uns dos outros que vão para feiras miseráveis pela mão de burocratas do ICEP... encolhidos em stands de treta escondidos dos clientes porque não falam nem sequer portunhol? Mas assim que se fala em fazer um consórcio descobrem logo defeitos inultrapassáveis uns nos outros...

Mas não...lá vamos voltar a ter Regimes de Incentivos a Micro Empresários em que as pessoas apostam as economias e as indemnizações que receberam para fazer engomadorias, para fazer um artesanatozito, um cabeleireiro, para depois esperarem o incentivo que não chega acumulando dividas e leasings em atraso comprando uma ilusão...





3 Comentários:

às 11:24 da tarde, Blogger Unknown escreveu...

Ora bem.

 
às 9:26 da manhã, Blogger Carlos Araújo Alves escreveu...

Pois é, Piotr, pimba, mas a resposta que o teu texto merece terá de ser bem tratada. Fica a promessa para logo à noite.

 
às 10:30 da tarde, Blogger 100nada escreveu...

Passando a fronteira é um cooperativismo a sério. Desde o tomate até ao tabaco. Os espanhóis ganham em tudo, com isso: apostam numa marca, conseguem negociar financiamentos com taxas competitivas, seguros para as campanhas, the works: chama-se a isso economias de escala...por cá, todos bem, orgulhosamente sós como sempre.

 

Enviar um comentário

<< Home