novembro 09, 2004

Alentejo [Memórias do Epicurtas I]

Não sou alentejano, de berço. Mas amo o Alentejo. E não o faço com o distanciamento urbano, que acha pitoresco o Domingo ao sul. Amo o Alentejo pelo que é. Verdadeiramente. Pelas suas cores, pelos seus sabores, pelos seus cheiros, pelas suas gentes, pela sua dolência e irreverência. E sei do que falo. E falo do Alentejo mais distante. Do Baixo-Alentejo. Do Alentejo Interior. Do Alentejo quente, no Verão, como a braseira no Inverno. Do Alentejo frio, no Inverno, como o gaspacho no Verão. Falo do Alentejo desprezado pelo poder político. Abandonado pela comunicação social. Usado pela urbanidade chique. Do Alentejo de Barrancos – uma vez mais olvidado, como durante séculos, agora que a tensão já não se sobrepõe à tradição. E isto faz sentir-me alentejano também...
[publicado, originalmente, em 03.09.2003]

1 Comentários:

às 2:08 da tarde, Blogger Carlos Araújo Alves escreveu...

Benvindo Epicurtas, ou melhor, Pedro Gomes Sanches.
Apesar do Pedro estar na génese da Torre de Menagem (a ele devemos a sugestão do título) afazeres pessoais impediram que tomasse o seu lugar aquando da "inauguração" deste monte conjunto.
Estamos agora todos e, assim sendo, bora lá com isto!

 

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